terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Sempre, de pé.

Cinco horas da manhã, e ele bota a água para ferver. Espera que o café o mantenha acordado, e espera também que o café não fique horrível. Ele nunca fez café na vida. O cachorro chora lá fora, e ele nem sabe o motivo, mas deve ser frescura. Clipes e mais clipes passam na televisão, a essa hora é ótimo para se descobrir novas bandas.
Na cabeça, a certeza de que o novo dia será igual a todos outros, no coração aquela esperança de que aquele dia algo diferente aconteça, algo que marque o dia. É isso que sempre esperamos, um dia que marque nossas vidas, vários deles. E a água ainda nem é capaz de esquentar. Ele não para de se perguntar o que pode fazer para o novo dia ser diferente. Tentar, é o que ele mesmo responde. E lembrar também que devemos nos manter "em pé" até o final, do dia ou da vida, tanto faz. Ele quer ser enterrado em pé.

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